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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Qual a cor do seu gramado?



Por Anderson Tomio 

Não adiante olhar para o lado ou buscar olhar para fora agora,
O melhor a fazer é olhar para dentro, buscar sem ir longe o mundo ao redor,
Aquele em que convivo e as pessoas que me cercam.
Mas então não irei muito longe? Irá sim! Mas nossa “viagem” é buscar o que somos e porque sendo o que sou convivo com pessoas que me reprovam o tempo todo?
Esse é o ponto!
As pessoas com que eu convivo, com quem convivemos no dia a dia, não fora, mas no núcleo familiar, ou que seja na casa que moro, no apartamento que eu divido, essas são as peças chaves para meu entendimento, do que sou e muito porquês de minha vida.
Já percebeu que os primeiros a nos criticar e chamar nossa atenção são os pais? Na ausência deles, vêm os avos e os tios e em muitos casos os irmãos.
Porque será que estas pessoas me repreendem, ou me chama atenção com o que eu faço no meu dia? Já parou para pensar?
Pode ser por falta de interesse por algo, por desleixo, por ansiedade, por atitudes ou por formas de pensar, mas algo incomoda quem está por perto e ser repreendido é uma forma de dizer que eu me importo com você, que quero seu bem e indo além que sinto amor e preso pelo seu melhor.
Há algum erro nisso? Claro que não! Há acertos!
Como assim acertos? Pense comigo!
Você chamaria atenção e cuidaria do que o outro faz se este outro não representasse nada para você? Em minha opinião quem ama cuida e quer o melhor.
Mas o que é o melhor? Podemos ir bem além nesse pensamento.
O melhor é querer que o outro faça aquilo que eu acredito ser o melhor, que seja correto e o que nossa sociedade quer de nós.
Então querer o melhor é fácil, e ceder ao outro fazendo o que ele quer, porque sei que ele quer meu melhor é mais fácil ainda, pois será um ganho com todos os acertos. Certo? Errado!
Ser o melhor para o outro nem sempre é ser o melhor para você mesmo, ou você nunca se pegou pensando consigo ao receber ordens, Aff que coisa chata.
Ai está outro ponto da questão.
O primeiro falei que é o convívio com as pessoas, e este agora é conviver sendo eu mesmo.
Difícil? E é mesmo. Conviver não é fácil!
Ai me pergunto: Porque eu tenho que conviver com essas pessoas e porque eu fui estar nessa família, nesse convívio?
Pense! O porquê será?
Muitos dirão que é porque é minha família, porque moro nessa casa, porque tenho laços de sangue ou laços afetivos. Tudo bem! É um bom motivo! Mas já pensou de uma forma ampla?
Observando o que você chama atenção, o que reprova nos outros, e o que cada um dos outros reprova e aprova em você? Tentou alguma vez colocar isso numa roda de convivência?
Tipo: Eu gosto e não gosto disso e daquilo no “fulano” que não gosta e gosta disso em mim, que não gosta e gosta disso e daquilo no ciclano. Ou seja: Estamos sempre a mercê de aprovação e reprovação do outro.  A vida não é diferente!
Mas neste momento, olhemos somente ate o limite de nossa porta, ou janela. Ficamos dentro!
Porque não olhar além e ver o que há lá fora? Outro ponto!
Lembram-se do ditado: “A grama do vizinho sempre é mais verde”?
Por este motivo, que olha para fora pode causar revoltas no seu “espaço”, no convívio dentro.
E vem a mãe, o irmão o pai, com aquelas comparações. “O filho do vizinho é tão estudioso, nossa passou de ano direto, enquanto você está fazendo provas de recuperação".
Ou ainda, o marido da vizinha é tão gentil, ele sempre carrega as compras e abre o carro para ela entrar.
Ai pergunto para lembrar: Qual a cor da grama do vizinho mesmo?
Verde!
Sim bem isso, verde. E pode ser mais verde que a sua por ser artificial!
Não precisamos de comparativos, não precisamos ser diminuídos, mas sim exaltados. Eu posso ser disperso em assuntos, mas sei muito bem fazer cálculos considerados difíceis. Todos têm qualidades e os tão notados defeitos.
Mas voltamos aos pontos já citados.
A convivência!
Já percebeu que nossa grama pode ser super verde também para o vizinho?
E assim sempre vai ser até que esta fazendo parte do nosso convívio.
Logo, todos convivemos em locais, lares, que sempre haverá diferenças. Umas mais notáveis, outras nem tanto, mas sempre com pontos a serem chamados atenção e repreendidos.
E tenho que me acomodar com isso?
Não! Mas não custa perceber que onde você convive estão as pessoas, as peças, mais importantes para seu crescimento. Lembra-se do quem ama cuida? Pois bem seria difícil eu me importar tanto com você se não tivéssemos algum laço. A convivência, o sangue, a afetividade essas nos unem.
Logo, se analisarmos todo esse contexto, convivemos com quem tem mais a aprender conosco e a nos ensinar. O núcleo familiar é um dos maiores laboratórios humanos que existem, não sendo superado por nenhum show de realidade televisivo.
No convívio familiar as coisas são bem mais extremas. As raivas são raivas e os risos são risos. Ou seja, quando sinto raiva de alguém é aquela raiva de querer ver a pessoa sumir, mas o que me une a ela, faz com que logo estaremos juntas novamente. Mas você pode me perguntar: Sim eu posso ficar sem falar com meu irmão por 10 anos em uma briga. Mas ele nunca deixara de ser seu irmão. Agora ente ficar sem falar por três anos com um amigo, quando tentar falar, ou não terá o amigo ou amizade será fria. Já o calor de um laço de irmão ele não esfria, mesmo no tempo, seremos irmãos.
Em resumo, quem convive conosco é quem mais tem que lapidar e ser lapidado. A família começa com “carvão” e temos o hoje ou amanha para a chance de ser diamante.
Pode observar em sua família. O preconceito do pai é o estilo de vida do filho, os temores dos filhos, são as liberdades dos pais e por diante. Tanto apontamos no outro aquilo que nos incomoda, mas se incomoda pode ser por não termos a coragem ou não sermos como tal.
Já ouviram a frase clássica "há meus 18 anos”. Que pai ou mão nunca disse isso? Justamente pelo fato de que naquele tempo se permitiam mais do que hoje e quando seus filhos se permitem esses são rebeldes.
Logo e logo assunto.
Mas o certo é, nossa grama tem cor, a do vizinho não importa e quem convive comigo é porque tem muito aprender e também muito a me ensinar.

Encontre a harmonia entre esses dois pontos e terás uma família feliz!

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Imagem:https://www.123rf.com/photo_31574495_small-grey-house-with-wooden-deck-front-yard-with-flower-bed-and-lawn.html

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Oi...Quero dividir minha alegria com você....



Anderson Tomio
Oi... QUERO DIVIDIR MINHA ALEGRIA COM VOCÊ...

Dizer que você tem me dado um chão que não tinha,
que já faço algumas coisas pensando em você,
em dividir com você, compartilhar os meus momentos,
e dando um pouco do meu melhor.

Deixo de lado as coisas ruins,
delas falamos somente para desabafar,
não vale a pena cultivá-las,
mas vale relembrar como aprendizado.

A vida é para isso mesmo!
Estamos aqui para aprender,
  para hora cairmos, mas sempre levantarmos,
olhar o horizonte,
ver o sol, ver o futuro,
e sempre seguir adiante.

Já parou pra pensar o que de bom já
temos pra contar nesse tempo?
O nosso livro de vida,
está em constante grafia,
em constante registro
de imagens, de vivências,
e fico feliz,
por saber que tem algumas páginas
onde você já está se fazendo presente.

Algumas citações boas que fizemos,
outras nem tanto, mas reflexivas.
Faz parte!
Uma historia sem suspense,
sem alguns rompantes de adrenalina,
não é uma boa história.

Fica chata e deixamos de lado,
o livro empoeira e perde a graça.

A vida, o livro, não é assim,
não pode ser assim,
se não mesmo no prefácio,
já seremos curiosos o bastante,
ou mesmo teimosos para
pular tudo e buscar fim.

Sem graça não é mesmo?
 Logo de cara se sabe o final,
nada foi vivido,
nem tristeza, nem alegria,
não houve emoção e nem surpresa,
e o livro acaba.

Sem graça total.
Mas hoje vejo que já tenho
muita coisa escrita,
o prefácio, e um capitulo em construção,
mas que capitulo heim!
Já teve suspense logo nas primeiras linhas,
em saber o que seria o amanhã,
e momentos de puro êxtase,
de alegria e leveza,
outros de choro e melancolia.
Está sendo uma bela história!

Estamos fazendo terapia em dupla
eu sou teu terapeuta,
e você a minha.
Eu sou seu "médico”,
e você a minha.
Já fizemos vários papéis,
de desbravadores,
de amigos, de amantes,
de enamorados,
merecemos um ÓSCAR!

Aprendemos e se ainda não sabemos,
estamos aprendendo, a viver.
Somos crianças descobrindo o mundo,
carregando nossos brinquedos,
todos de uma só vez,
infelizmente algumas coisas
não temos força suficiente para carregar,
mas que bom que existe mais pessoas
nesse imenso "Play" que é a vida.
Encontramos, amigos que podem  nos
ajudar carregar o que já escorregava por entre os dedos,
e a diversão se completa.
Olhar o outro, silenciar
sorrir e entender tudo que se passa,
sentir no rosto a brisa ,
e no momento de alegria e gratidão
nos percebemos ao sabor do vento
que estamos vivos,
que somos queridos
que somos pessoas com valor,
que fazem a diferença
na "brincadeira" do outro,
tornando a vida mais interessante,
mais atrativa e feliz.


Na sinopse dessa história,
um obrigado,
porque tenho aprendido muito com você!

Admiro suas lutas, me identifico com várias delas,
e a sua força que serve de exemplo pra mim.
As metas, rumos traçados e já muitos
deles alcançados.
Obrigado por fazer parte do meu livro,
obrigado por fazer parte da minha história,
e de nela estar dando doses de
muita vontade de superar tudo que há
de ser superado.
Pode não parecer, mesmo que você não perceba,
mas já se deu conta da força que tem?
dos exemplos que está passando?

Pois bem, eu já me dei conta sim,
 e se  não o tivesse feito,
de nada valeria todas essas palavras.

É com carinho que as escrevo

Beijo no coração!


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imagem:http://30ealguns.com.br/pode-parecer-cliche-amigo-nao-compra/

Indo além!




Abri a porta e deixei todo silêncio que vinha do corredor entrar. Não levantei se quer os pés para ir além do beiral que demarcava onde era casa onde era rua, permaneci ali a espera de um vento que me levasse pelo ar. Pairei!
Observei de longe o que se movimentava no espaço e reluzia luz em minha direção,
Era o sol, que sem a companhia do vento frio me aquecia mais rápido.
Inclinei meu corpo para fora e os ecos do silencio vieram em minha direção, e ao chegar em meus ouvidos, percebi que o som que ecoava pelos corredores em penumbra era vozes de um desconhecido lamento. Busquei refugio momentâneo dentro de meu claustro e não quiser saber o que dissera, mas o eco veio mais forte fazendo com que um agudo som permanecesse em meu ouvido por alguns instantes que pareciam não ter fim.
Dei passos, encarei o corredor de frente e parti. Fui adiante sem saber o que me aguardava a cada novo passo que eu dava rumo ao desconhecido.
Como assim desconhecido se sei bem onde moro, onde estou e que lugar é este?

Sim eu sei, mas sabia antes que a penumbra tivesse chegado a mim. A partir dai era outra circunstancia de vida, outro momento que só me dei conta de sua totalidade quando senti que meus pés não tocavam de fato o chão, mas mesmo assim eu os ainda sentia sob mim.  Na fé e na coragem segui e buscando a luz fui adiante.